Quando o bravo Raden Soemawinata se despedia das cinzas de sua avó, percebeu que a vida de um cachorrinho estava em suas mãos.

Há um velho ditado, que muitos associam a John Lennon (embora ele o tenha inspirado em Sêneca), que diz que a vida é o que acontece enquanto você está ocupado planejando. Podemos interpretá-lo de várias maneiras, mas em geral o que se refere é que podemos nos preparar o quanto quisermos, mas serão as circunstâncias do momento que decidirão como e para onde as coisas vão.

Às vezes, podemos até estar envolvidos nas circunstâncias de pessoas que nem conhecemos, tudo por causa dos perigos de quando nosso destino se cruza com o destino de outras pessoas.

Isso é o que Raden Soemawinata descobriu em uma tarde de 2009 em um píer em Melbourne, Austrália. Ele estava naquele lugar para cumprir uma tarefa muito solene: espalhar as cinzas de sua avó recém-falecida e depois cremada.

A cerimônia estava ocorrendo normalmente, quando os gritos de uma mulher desesperada quebraram sua concentração.

Agora, estando na posição em que estava, Raden Soemawinata poderia muito bem ter ignorado os gritos. Não vinham de uma pessoa que ele conhecia e ele tinha toda a justificativa de estar ocupado com seus próprios assuntos.

Mas, se assim fosse, um cachorrinho não teria visto outro dia ensolarado.

Os gritos e a comoção se deviam ao fato de que a pequena Bibi, um cruzamento de maltês com shitzu, havia caído na água e tentava se manter à tona. Se você sabe alguma coisa sobre cães, sabe que esta não é uma raça muito habilidosa ou capaz de se defender sozinha.

Estrelando no que à primeira vista deve ter parecido um espetáculo um tanto bizarro, Raden Soemawinata tirou as roupas que poderiam incomodá-lo e depois se jogou na água.

Nadando com tudo o que seu corpo lhe dava, o homem conseguiu chegar até o cachorrinho. Depois veio a parte mais difícil: nadar de volta usando apenas um braço. A outra o ocupava abrigando e mantendo o cachorrinho à tona.

Felizmente para sua dona, o homem foi capaz de nadar de volta para as bordas do cais.

Lá, ele foi ajudado pela dono de Bibi, que recebeu seu cachorrinho encharcado e deu uma mãozinha a Raden. Apesar de seu heroísmo, Raden era humilde:

“Estava muito frio e ventava, mas pular na água não foi uma decisão difícil. Não foi um grande marco. Eu trabalho parte do tempo como modelo, então me despir em público não é algo que me preocupa. “

–Raden Soemawinata para Melbourne Herald Sun –

Temos certeza de que, onde quer que estivesse descansando naquele dia, a avó do valente Raden Soemawinata perdoou a neta por interromper seu ritual.



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